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martinricardoschulz

QUEREMOS TODOS SER SALVOS


O começo de 2025 tem sido intenso. Depois de renovar as distâncias ótimas no âmbito social, resolvi começar a compartilhar novamente algumas reflexões, considerando que alunos e parceiros têm perguntado sobre o que está acontecendo com as empresas.

Lembro do início do ano passado, bem diferente: eu comecei 2024 em depressão e, depois de ter saído dessa escuridão, consegui novamente enxergar coisas boas. Foi necessário descer do pódio, receber ajuda. Você começa a ver as coisas de forma abnegada. Mas vê também que muitos se mantém naquele estado onírico de problematização, tudo está ruim. Comecei, portanto, a perceber como as pessoas não estão bem consigo mesmas, querendo ser salvas pelo mundo que gerará renda e prosperidade frugal, mas em que o compartilhar de ansiedades, os comportamentos insólitos e as posições inflexíveis vêm dando base a narrativas e a relações.

Por que então envolver as empresas nisso? Bem, ao final, nos resta o trabalho, pois só ele e a geração de riqueza nos permitem pagar as contas e ter alguma dignidade. O vetor disso, acredite, são as empresas. Sou do tempo em que a empresa contratava por competências e demitia por comportamentos. Gestores têm sido questionados no modelo de parecerem competentes e não terem comportamentos equivalentes (abordei no artigo MISE-EN-SCÈNE ESTRUTURAL), talvez a maior razão do êxodo de mão-de-obra e dificuldades nas contratações.

Os colaboradores acreditavam no sonho e propósito da empresa, ao que chamávamos de engajamento. Tantos foram os conceitos de gestão de pessoas e mascaramento de cargos, que hoje sobram vagas e faltam talentos. Regredimos, portanto.

Imagine agora, depois que a moderadora das mídias sociais resolveu abolir o monitoramento e regulação de postagens. Vamos novamente estar ocupados com o que traz pouco ou nenhum ROI? Se houver uma trocação pura, poderemos agravar a situação atual dos comportamentos. Quando ouço por aí que uma empresa não serve para administrar pessoas e comportamentos, pergunto se não estaríamos na contramão.

Passei o último outubro trabalhando na China e Taiwan, onde desde 2017 contribuí na estruturação de ecossistemas colaborativos de horizontalização de headcount, e lá confirmei alguns modelos que os empresários daqui teimam em desdenhar. As empresas de lá trabalham como startups com metodologias ágeis em estruturas fragmentadas, e pensando nelas reflito se não seria oportuno começarmos tudo de novo.

Enfim, nos questionarmos: Qual o real objetivo de uma empresa? Lembro que o maior objetivo de uma corporação é preservar a visão de futuro gerando LUCRO. Para isso, precisa de planejamento, escrito a lápis. Estratégia é o desdobramento.

Ótimo. Então a estratégia salva uma empresa? Os comportamentos políticos e espíritos de sabotagem sobrevivem a ela? Note que empresas sem estratégia atualizada e contemporânea são para as pessoas como um destino que se quer seguir sem ter um roteiro.


Martin Ricardo Schulz

Consultor Organizacional




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